Oficialmente, a pauta do colegiado prevê consultas a respeito da guerra civil na Líbia e do avanço de grupos extremistas na República Democrática do Congo. Há, porém, a expectativa de que os membros voltem a analisar propostas de resolução sobre o confronto no Oriente Médio, que já deixou quase 4 mil mortos.
Os conselheiros têm avaliado, até o momento, dois rascunhos de resolução apresentados pela Rússia — que pressiona pela votação de sua proposta nesta segunda — e pelo Brasil, que preside o conselho neste mês de outubro. Veja aqui as propostas discutidas.
Na última sexta (13), o conselho chegou a se reunir exclusivamente para discutir o conflito, mas não chegou a um consenso para adotar um texto contra o avanço do embate entre o Exército de Israel e o Hamas.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, os membros sinalizaram, na ocasião, o desejo de construir uma "posição unificada" sobre a situação.
Responsável por comandar a reunião presencialmente na última sexta, Vieira disse que o Brasil se comprometeu a buscar um acordo para evitar "mortes e derramamento de sangue".
O consenso é importante para garantir a aprovação de um texto no colegiado.
Para ser adotada, a resolução depende de, ao menos, 9 votos favoráveis entre 15 membros do conselho — desde que não haja voto contrário de qualquer um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China).
Considerado o órgão mais importante da ONU, o Conselho de Segurança adota resoluções que devem ser seguidas por todos os 193 países-membros das Nações Unidas. O colegiado também pode determinar sanções.
Segundo apurou a GloboNews, embora ainda não tenha sido confirmada a votação, há maior probabilidade de o texto russo ser debatido nesta segunda, atendendo a pedido do próprio país.
Em uma rede social, no sábado (14), o representante adjunto da Rússia na ONU, embaixador Dmitry Polyanskiy, afirmou que o país havia solicitado ao Brasil a inclusão do texto em pauta do colegiado, mas aguardava confirmação.
"Para nossos colegas países-membros da ONU: o texto está aberto para apoio no portal dos representantes. Sintam-se à vontade para apoiar! Precisamos enviar uma mensagem clara às partes em conflito", escreveu.
Ainda em construção, a proposta apresentada pela presidência do conselho, sob responsabilidade do Brasil, poderá ser votada se houver acordo e pedido dos demais membros.