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Violência

Armas do Exército iriam para o PCC, diz secretário de Segurança de SP

Cinco metralhadoras e quatro fuzis foram recuperados em São Paulo após confronto com bandidos

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Ao todo, 21 armas desapareceram do Arsenal de Guerra. Oito já haviam sido encontradas na Gardênia Azul, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, área de atuação de uma narcomilícia ligada à facção Comando Vermelho.


A localização das armas ocorreu após um trabalho de inteligência da Polícia Civil. Os policiais descobriram que o armamento seria entregue a um grupo de criminosos do PCC. As armas foram encontradas em um endereço na Estrada Municipal Emil Scaff, próximo ao km 47 da rodovia Castello Branco.



Armas encontradas em Carapicuíba, na Grande São Paulo - Divulgação/Polícia Civil

Os investigadores se dirigiram ao local da entrega, uma área de mata, e, segundo o secretário, foram recebidos com disparos de armas de fogo. Houve troca de tiros, com os policiais revidando em seguida com tiros de fuzil e pistola. Os suspeitos fugiram em direção à mata.

A polícia não sabe ao certo quantos criminosos estavam no local, segundo Derrite. Havia ao menos duas pessoas armadas pois, de acordo com o secretário, as viaturas foram atingidas pelos dois lados.

"No local, tinha uma região de uma espécie de um lago que se formou. Essas armas estavam escondidas nesse local e [os policiais] conseguiram retirar esse armamento", explicou.

Equipes do 5º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), de Barueri, e do COE (Comandos de Operações Especiais) fizeram uma busca na mata durante a manhã de sábado, mas ninguém foi encontrado. O secretário também diz que, até as 10h30, nenhuma pessoa com ferimento de arma de fogo tinha dado entrada nos serviços de saúde da região.

Após a apreensão, uma equipe do Exército confirmou que as armas faziam parte do arsenal furtado, ao conferir a numeração inscrita nas metralhadoras. Derrite diz que, agora, a secretaria trabalha para recuperar as quatro armas restantes —todas metralhadoras .50, capazes de derrubar aeronaves. "Muitas vidas foram salvas com a recuperação dessas armas. Vidas de policiais, vidas de cidadãos brasileiros —paulistas, cariocas— porque o poder de fogo dessas armas destrói qualquer tipo de blindagem convencional que nós estamos acostumados, sem contar que é uma exposição muito grande para as forças de segurança", disse Derrite.

A Delegacia de Carapicuíba abriu um inquérito com a intenção de identificar o grupo que estava tentando vender as armas, e se eles têm filiação a algum grupo criminoso.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) parabenizou a Delegacia Seccional de Carapicuíba pelo encontro das armas. "A dedicação e o trabalho profissional dos nossos policiais impõe mais um revés ao crime", disse.

O Comando Militar do Sudeste investiga o desaparecimento das armas desde o dia 10 de outubro. Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar as circunstâncias do furto. A investigação tem prazo de 40 dias e é conduzida sob sigilo.

A falta de 13 metralhadoras .50 (antiaéreas) e oito de calibre 7,62 foi notada durante uma inspeção. O Exército afirmou que os armamentos são inservíveis "e que foram recolhidos para manutenção".

Nesta sexta (20), o coronel Mário Victor Vargas Júnior, 48, foi nomeado diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri. Ele ficará no lugar do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, exonerado após o furto.

Fonte: Folha de S.Paulo

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