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Política

Conselho de Segurança da ONU volta a se reunir nesta segunda e pode discutir conflito em Gaza

Membros do colegiado podem votar texto apresentado pela Rússia, que condena terrorismo sem mencionar grupos. Proposta brasileira ainda segue em discussão.


Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Israel e Hamas, na última sexta (13), em Nova York ?- Foto: UN Photo/Rick Bajornas

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir nesta segunda-feira (16), em Nova York, e poderá voltar a discutir a adoção de medidas contra a escalada do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Oficialmente, a pauta do colegiado prevê consultas a respeito da guerra civil na Líbia e do avanço de grupos extremistas na República Democrática do Congo. Há, porém, a expectativa de que os membros voltem a analisar propostas de resolução sobre o confronto no Oriente Médio, que já deixou quase 4 mil mortos.

Os conselheiros têm avaliado, até o momento, dois rascunhos de resolução apresentados pela Rússia — que pressiona pela votação de sua proposta nesta segunda — e pelo Brasil, que preside o conselho neste mês de outubro. Veja aqui as propostas discutidas.

Na última sexta (13), o conselho chegou a se reunir exclusivamente para discutir o conflito, mas não chegou a um consenso para adotar um texto contra o avanço do embate entre o Exército de Israel e o Hamas.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, os membros sinalizaram, na ocasião, o desejo de construir uma "posição unificada" sobre a situação.

Responsável por comandar a reunião presencialmente na última sexta, Vieira disse que o Brasil se comprometeu a buscar um acordo para evitar "mortes e derramamento de sangue".

O consenso é importante para garantir a aprovação de um texto no colegiado.

Para ser adotada, a resolução depende de, ao menos, 9 votos favoráveis entre 15 membros do conselho — desde que não haja voto contrário de qualquer um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China).

Considerado o órgão mais importante da ONU, o Conselho de Segurança adota resoluções que devem ser seguidas por todos os 193 países-membros das Nações Unidas. O colegiado também pode determinar sanções.

Segundo apurou a GloboNews, embora ainda não tenha sido confirmada a votação, há maior probabilidade de o texto russo ser debatido nesta segunda, atendendo a pedido do próprio país.

Em uma rede social, no sábado (14), o representante adjunto da Rússia na ONU, embaixador Dmitry Polyanskiy, afirmou que o país havia solicitado ao Brasil a inclusão do texto em pauta do colegiado, mas aguardava confirmação.

"Para nossos colegas países-membros da ONU: o texto está aberto para apoio no portal dos representantes. Sintam-se à vontade para apoiar! Precisamos enviar uma mensagem clara às partes em conflito", escreveu.

Ainda em construção, a proposta apresentada pela presidência do conselho, sob responsabilidade do Brasil, poderá ser votada se houver acordo e pedido dos demais membros.

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