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Estrutura de 2,5 m de altura

Prefeitura de SP constrói muro de 40 metros de extensão e confina Cracolândia

Segundo a prefeitura, a construção do muro, dentre outras medidas, é para melhorar atendimento de usuários, garantir mais segurança a equipes e facilitar trânsito de veículos. Para representante do coletivo Craco Resiste, muro cria 'campo de concentração de usuários'.


A Prefeitura de São Paulo construiu ummuro na Cracolândia, no Centro da cidade, para delimitar uma área e confinar os usuários de drogas.

A construção, de cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, fica na Rua General Couto Magalhães, na região da Santa Ifigênia, perto da estação da Luz.

Os usuários se aglomeram atrás dele, em uma área que também é cercada com gradis pela gestão municipal, na Rua dos Protestantes. Os gradis vão até a Rua dos Gusmões.

Muro construído pela prefeitura de SP que cerca 'fluxo' da Cracolândia. — Foto: William Santos/ TV Globo

A prefeitura argumenta que a construção, dentre outras medidas, ocorreu para melhorar o atendimento dos usuários, garantir mais segurança para as equipes e facilitar o trânsito de veículos na região.

A administração municipal diz ainda que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve redução, na média, de 73,14% de pessoas no local (leia mais abaixo).

Para um representante do coletivo Craco Resiste, no entanto, o muro fecha "um triângulo no fluxo" e cria um "campo de concentração de usuários".

Com o muro e os gradis, a região vira um triângulo cercado. Em tese, os usuários são livres para sair e entrar no local, mas, segundo ativistas, são direcionados pelos guardas civis sempre para a mesma área.

Para entrar no cerco, eles passam por revistas que seriam para retirar coisas ilícitas, segundo ativistas.

Para Roberta Costa, da Craco Resiste, o muro foi levantado para manter os usuários no espaço e "cobrir" a visão da Cracolândia para quem passa de carro pela Rua General Couto Magalhães.

"A gente vive hoje na cidade uma cena absurda e bizarra de violência contra as pessoas que estão desprotegidas socialmente. É uma coisa que não vem de agora, já faz muitos anos que o poder público viola essas pessoas", critica.

Na avaliação dela, a situação só piorou. "O que a gente viu acontecer no ano passado está num nível muito bizarro, que, inclusive, parece visualmente um campo de concentração", diz.

G1 notícia

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