A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta sexta-feira (17) a favor da lei federal que determina que o TikTok pode ter sua operação no país bloqueada a partir deste domingo (19) caso não seja vendido.
A lei sancionada por Joe Biden em abril de 2024 deu um prazo até domingo para que o app chinês encontre um comprador para sua operação nos EUA. Caso contrário, a rede social não poderá mais funcionar no país.
Apesar da decisão da Suprema Corte a favor da lei, ainda não está claro o que realmente acontecerá com o TikTok no país neste domingo, último dia completo de Biden como presidente do país.
A Casa Branca avisou, nesta sexta, que a decisão sobre a implementação da lei ficará a cargo de Donald Trump, que toma posse na segunda (20). Questionado por repórteres em Washington, Biden confirmou que o presidente eleito decidirá sobre o tema.
Trump, por sua vez. não deu detalhes sobre o que fará em relação ao aplicativo.
"Minha decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas preciso de tempo para rever a situação. Fiquem ligados!", postou o presidente eleito após a decisão da Suprema Corte.
Trump já disse que poderia negociar uma solução para que a plataforma não fique indisponível. O jornal The Washington Post informou na quarta-feira (15) que Trump cogita assinar uma ordem executiva que suspenderia o banimento do TikTok nos EUA por um prazo de 60 a 90 dias.
O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, publicou um vídeo na rede social e agradeceu a Trump por "seu comprometimento" em ajudar a plataforma a encontrar uma solução que mantenha o aplicativo nos Estados Unidos. "Esta é uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária", disse.
"Estamos gratos e satisfeitos por termos o apoio de um presidente que realmente entende nossa plataforma, alguém que usou o TikTok para expressar seus próprios pensamentos e perspectivas, conectando-se com o mundo e gerando mais de 60 bilhões de visualizações de seu conteúdo no processo", declarou em vídeo no TikTok.